Imagine um edifício projetado para sustentar oitenta andares. Cada tijolo incorporado à construção deve ser cuidadosamente ordenado para garantir que o prédio se mantenha de pé. Da mesma maneira, os engenheiros responsáveis pela execução da obra precisam ter certeza de que tudo esteja minuciosamente calculado para evitar eventuais contratempos. Porém, a etapa mais importante do processo é a solidificação da base em que o edifício será construído. Sem isso, o perigo se torna iminente e as chances de fracasso são tremendamente maiores. Em se tratando de flores, a ideia é basicamente a mesma: para que possam florescer e germinar, as plantas precisam de um bom solo que proporcione quantidades adequadas de minerais, água e ar, além de substâncias orgânicas.
O húmus é o mais completo adubo orgânico existente. Rico em fósforo, potássio, cálcio, magnésio e outros elementos, o composto é produzido pelas minhocas e melhora o estado físico e nutricional das plantas. Por isso, preste atenção: um jardim habitado por minhocas é, consequentemente, um jardim saudável. Ana Glória Nunes, gerente da Casa di Fiore, diz que há outros indicativos para saber se suas plantas estão em bom estado. Segundo ela, a base ideal combina as vantagens dos solos arenoso e argiloso. “O objetivo é que o cultivo retenha água e nutrientes com uma grande proporção de húmus. Além disso, o solo deve ser permeável ao oxigênio e fácil de separar”, observa Ana.
Para testar a qualidade do solo, a gerente da Casa di Fiore dá a dica. “É só umedecer a terra e esfregar uma pequena amostra entre os dedos. Se for escorregadia, trata-se de um solo arenoso. Se você conseguir moldar a terra numa forma cilíndrica e quebradiça, trata-se de um solo arenoso-argiloso. Já a terra totalmente argilosa permite fazer um rolo firme com as mãos”, finaliza Ana.