Poder viajar, se casar, conhecer a Disney. Sonhos que poderiam ser de qualquer pessoa ganharam um sentido especial para os cinco personagens da campanha “Quem doa sangue doa sonhos”, do Hemosc de Blumenau (SC), em parceria com a ONG Trapamédicos.
Criada para a Semana de Doação de Sangue, que ocorre de 21 a 26 de novembro, a ação conta a história de pessoas que sobreviveram a tratamentos de saúde graças à solidariedade.
Nas redes sociais das entidades é possível acompanhar cada uma delas, através de fotos e depoimentos. É o caso de Jair da Silva, de 46 anos. Há menos de dois meses, enquanto ia para o trabalho, sua motocicleta foi atingida por outra, conduzida por um adolescente que fazia manobras arriscadas. Ele teve fraturas nos braços, lesões no rim, fígado e pulmão e está em recuperação. “Sou doador e a gente nunca acha que vai precisar. Mas um dia, quando menos esperamos, somos nós que necessitamos de sangue. Meu sonho é poder me aposentar, comprar minha caminhonete e ir morar na praia, para pescar todos os dias”, diz.

Já Jennifer Aparecida Tavares vai realizar ainda este mês o sonho de se casar. Em 2015, aos cinco meses de gestão, contraiu uma infecção urinária, que se tornou generalizada. Perdeu o filho e só sobreviveu graças às transfusões. “Receber sangue foi fundamental para que eu pudesse me recuperar. Mudou minha vida e graças esse gesto estou realizando meu desejo “, conta.

Aos 67 anos, Joanita Gutz luta contra uma doença hematológica. Com a anemia controlada através do recebimento de sangue, já faz planos: “Quero viajar pelo mundo! E o primeiro lugar que vou conhecer será Natal (RN)”.

Crianças na campanha
Tamires Luisa Marcelino e Emanuel Penteado, ambos de 11 anos, lutam contra doenças graves desde muito cedo. Ao lado das mães, falam sobre os sonhos que ganharam força após recuperarem a saúde.

Conhecer a Disney e a Legoland é o desejo do Emanuel, Desde os quatro anos luta contra a leucemia e foi o transplante de medula que o curou. Já Tamires enfrentou um câncer no rim e o sangue que recebeu auxiliou no tratamento. Hoje a dança está nos planos da menina: “Quero ser dançarina de jazz”, encerra.
